sábado, 30 de julho de 2011
ECOTURISMO DE FOZ SERÁ TEMA DE MESTRADO EM SHANGAI
ECOTURISMO DE FOZ SERÁ TEMA DE MESTRADO EM SHANGAI
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Maurício Kubrusly – Bola murcha em rede nacional
Lúcia Tavanti - Fotos Divulgação
“Eles gostam das sete quedas”, dispara Kubrusly no quadro do Fantástico, “Me leva Brasil”.
Não se tratava de uma reportagem especial realizada na década de 80, quando então com o fechamento das comportas da barragem de Itaipu, dava-se início a agonia das cataratas de Guaíra.
A matéria veiculada pela Rede Globo, foi ao ar no domingo passado (3). O cenário em questão era nada mais, nada menos, do que as “Cataratas do Iguaçu”, mundialmente conhecida e não as “ Sete Quedas”, como ele referiu na reportagem.
O repórter em virtude do início da Copa América esse ano realizado na Argentina, esteve no local promovendo uma interação entre jogadores amadores de futebol. De um lado um time brasileiro e do outro argentino.
Erraram feio. Repórter, apresentadores, produção. Nenhuma nota a seguir no programa, retratando-se pela mancada.
Que fique bem claro. As Cataratas do Iguaçu é formada por um conjunto de cerca de 275 quedas de água no Rio Iguaçu. Localizada entre o Parque Nacional do Iguaçu, Paraná, no Brasil, e no Parque Nacional Iguazú, Puerto Iguazú, província de Misiones, na Argentina.
As Sete Quedas, ficavam na cidade de Guaíra, distantes de Foz do Iguaçu,276 quilômetros.
Troféu bola murcha pra você Kubrusly.
Há mais de vinte anos sem as Sete Quedas |
Cataratas do Iguaçu |
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Crack: relatos de luta contra uma morte anunciada
Lúcia Tavanti
Acabei de ver mais um cachorro na estrada
Dor de cabeça, garganta ressecada
Sinto saudades da minha família
Mas a vontade é mais forte
É mais forte em mim agora
O bom é saber que não se pode entender
Se perder e se achar pra poder se entender
Sua própria vida lhe ensinou a caminhar com as próprias pernas
Resta agora você se livrar do mal
Que te corrói e te destrói
(Música -Não Deixe o Mar te Engolir- Charlie Brown Junior)
“Comecei com a maconha; aí fui esticando para a bebida, depois para a cocaína e terminei no maldito crack”.
“Eu lembro que saí na madrugada pra buscar cocaína, e na época tinha acabado e para não perder a viagem eu experimentei o crack. Aí, foi o desastre”.
“Ilusão dizer que irá apenas experimentar. A busca por sensações diferentes não cessa. Somente evitando a primeira tragada é que você ficará salvo de terminar numa sarjeta, como indigente”.
“A vontade de parar, tem que partir de você. Só de você”.
São alguns depoimentos corajosos de quem está fora do vício há algum tempo, porém, ainda lutam contra a chance da recaída.
O Centro de Orientação e Reintegração ao Dependente de Álcool (Cordeal) em Foz do Iguaçu, foi o local escolhido pela reportagem para essa matéria especial.
O abrigo idealizado e construído por um ex-dependente de álcool, abriga homens que como eles mesmos se auto definiram, tinham chegado ao fundo do poço.
Ficamos cientes e pudemos acompanhar de longe a rotina e regras diárias a eles impostas. A nós nos foi permitida a entrevista com quatro dos mais de quinze que fazem daquele lugar, hoje, suas moradias. E por que não dizer, a retomada de suas vidas.
Ulisses, ex policial e agora colaborador da casa de recuperação e Alessandro, pedreiro; são os personagens principais e reais dessa história. “Limpos” há seis e dois anos respectivamente, nos narram momentos de verdadeira degradação humana.
Autoridades achavam que o crack quando chegou ao Brasil, não sairia do consumo dos mendigos, dos pobres, dos guetos, das favelas.
A droga rompeu isso. Conquistou as demais classes sociais.
O ex- policial, bem articulado e ponderado nas palavras, revela que após mais de oito anos como usuário, sente-se privilegiado por não trazer consigo nenhuma sequela, já que a droga age diretamente no cérebro, queimando neurônios.
Pergunto se ele pode me afirmar que a primeira tragada vicia. Temos então uma pequena pausa. Os olhos do entrevistado parecem procurar num passado não muito distante, aquele momento, aquele hiato em sua vida.
“Sim, ela vicia. Porque ela vai deixar ali um referencial de prazer e de satisfação. Agora mesmo estou falando e tenho a sensação do medo de uma recaída”.
Ulisses prossegue dizendo que o crack primeiramente lhe tirou o emprego. Em seguida, a família, até o ponto de ele perder o contato com o mundo externo, movido pela compulsão à droga que é intensa e ininterrupta.
“Passava dias sem dormir, sem tomar banho. Nesse mundo, não existem horários, nem regras”, ressalta Alessandro.
Regras essas inúmeras vezes quebradas, quando sem dinheiro para comprarem a “pedra”, efetuavam pequenos roubos em suas próprias residências em nome do sustento desse vício. Passos rápidos para uma desgraça absoluta.
“Perdi a motivação pra fazer qualquer coisa, perdi o respeito, perdi o amor próprio, perdi o direito de desenvolver o papel de pai, perdi a dignidade. Perdi todos os valores que o ser humano tem. Tudo aquilo que é construído durante uma vida. Tudo isso foi perdido”.
Hoje, o que os leva a não voltar mais para esse mundo?
Exatamente o resgate desses valores que estavam perdidos. São usados como uma arma poderosa, para que não os coloquem mais uma vez, na mira eminente da morte.
O verbo perder talvez jamais ganhe tanta força e representação como na voz e na vida de quem um dia viveu neste triste cenário e deu um passo à frente, quando suplicou por ajuda.
terça-feira, 28 de junho de 2011
Hulk e Capitão América: de mocinhos a vilões

Lúcia Tavanti


O Incrível Hulk torna-se hipoteticamente, um gigante verde ao ser consumido, dando um efeito mais duradouro. O Capitão América também.
Para a polícia o oxi colorido é uma forma de o traficante enganar os usuários e aumentar o preço. Consumido por pessoas que não sabem disso, o oxi é um caminho sem volta.
A Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) do núcleo de Foz do Iguaçu confirma que a droga é recente no estado do Paraná. Duas apreensões foram registradas. A última no início desse mês. Um adolescente de 17 anos sairia da cidade para levar a droga até o Rio de Janeiro. Nova por aqui, porém velha conhecida da região Norte, mais precisamente no Acre, por estar localizado na fronteira entre o Peru e a Bolívia, os maiores produtores de coca do mundo.
A droga poderosa, seja ela que cor encontrada, é resultado de uma mistura do resto do refino das folhas de coca, ácido sulfúrico, querosene ou gasolina. É o lixo do lixo.
A diferenciação de uma droga ou outra pode ser feita através da fumaça. O crack deixa cinzas, enquanto o oxi libera uma substância oleosa.
Substancias essas que quando exaladas, são rapidamente absorvidas pelos pulmões e enviadas para o coração, através do sistema circulatório.
Do coração segue ao cérebro em menos de dez segundos, atingindo rapidamente o sistema nervoso central e aumentando a concentração de dopamina, que dá ao corpo a sensação de prazer.
O efeito dessa sensação? Cerca de quatro minutos, enquanto o corpo é corroído.
Esse curto prazer pode provocar derrame, perda de memória, aumenta os riscos de hipertensão e infarto, leva a vômitos e diarréia.
A realidade assusta. São homens, mulheres, adolescentes, prisioneiros de suas próprias sombras a andarem sem rumo.
Ainda há muitos questionamentos sobre o Oxi. Saber é o primeiro passo de uma longa batalha contra a nova droga.
“Não é uma guerra que se ganha reprimindo, é uma guerra que se ganha principalmente informando e prevenindo” ressalta o delegado Emerson Antonio Rodrigues da Polícia Federal.
terça-feira, 7 de junho de 2011
PACTO DE TEMPO
Junho - Mês dedicado aos namorados.
Os casados são eternos namorados.Antiga, demodê essa frase não é?
Não, não é! Assim como o namoro, o casamento é um relacionamento em processo.
Não importa quantos anos se passaram.
Depois de mais de vinte anos de união, ainda me surpreendo com meu parceiro.
É como é bom isso! Que grata surpresa! Saber que ainda não o conheço totalmente, saber que há muito ainda a ser revelado em seus atos, em suas palavras.
Me perguntaram a fórmula! Respondo que o casamento perfeito nunca existiu e que para nós ele nem sempre foi fácil.
Fazemos de nossas diferenças e dificuldades; um motivo de união.
Não concordo quando dizem que numa relação são duas pessoas tornando-se uma só.
Amadurecemos juntos, sim; mas cada um de nós cresceu individualmente para uma melhor compreensão de nós mesmos.
Não queremos e não podemos perder essa individualidade.
E é ai que está a graça; o desafio!
Numa relação esqueçam o objetivo de mudar um ao outro. Nunca funciona.
Faça de seu(sua) companheiro(a) seu melhor amigo. Isso funciona.
Amigo para sair, dançar, viajar,tomar um bom vinho, para não fazer nada, amigo para rir e ... para chorar.
Nossa parceria como casal, nunca foi afetada pelo fato de sermos pais.Nunca deixamos de ter nosso momento; nosso encontro e isso refletia positivamente na educação dos filhos.
Demos o nome a isso de "Pacto do Tempo".
Amar alguém não é apenas um sentimento forte. Lembrem-se: - "É uma decisão; uma promessa".
Sem esse compromisso assumido; seja ele no namoro, no casamento, acreditem que até mesmo as pequenas dificuldades irão acabar os separando.
Não é o destino que faz de uma pessoa um verdadeiro amante; é a vida.
São os contratempos que eles tem de enfrentar juntos. É o cuidado com o outro quando esse necessita; são os milhares beijos de boa noite e sorrisos de bom dia; são as conversas no escuro; são os pedidos de desculpas; a atenção até mesmo às palavras mais insignificantes... é o crescente respeito de um pelo outro.
"...Eu gosto de você
e gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor..."
Lúcia Tavanti
Os casados são eternos namorados.Antiga, demodê essa frase não é?
Não, não é! Assim como o namoro, o casamento é um relacionamento em processo.
Não importa quantos anos se passaram.
Depois de mais de vinte anos de união, ainda me surpreendo com meu parceiro.
É como é bom isso! Que grata surpresa! Saber que ainda não o conheço totalmente, saber que há muito ainda a ser revelado em seus atos, em suas palavras.
Me perguntaram a fórmula! Respondo que o casamento perfeito nunca existiu e que para nós ele nem sempre foi fácil.
Fazemos de nossas diferenças e dificuldades; um motivo de união.
Não concordo quando dizem que numa relação são duas pessoas tornando-se uma só.
Amadurecemos juntos, sim; mas cada um de nós cresceu individualmente para uma melhor compreensão de nós mesmos.
Não queremos e não podemos perder essa individualidade.
E é ai que está a graça; o desafio!
Numa relação esqueçam o objetivo de mudar um ao outro. Nunca funciona.
Faça de seu(sua) companheiro(a) seu melhor amigo. Isso funciona.
Amigo para sair, dançar, viajar,tomar um bom vinho, para não fazer nada, amigo para rir e ... para chorar.
Quem depois de tanto tempo ainda encararia uma "balada"comigo? Quem desistiria de uma vida totalmente adaptada pra topar um novo desafio, uma mudança radical? Somente um amigo muito leal.
Ah! Não posso me esquecer de que uma pitada de bom humor também é fundamental.Nossa parceria como casal, nunca foi afetada pelo fato de sermos pais.Nunca deixamos de ter nosso momento; nosso encontro e isso refletia positivamente na educação dos filhos.
Demos o nome a isso de "Pacto do Tempo".
Amar alguém não é apenas um sentimento forte. Lembrem-se: - "É uma decisão; uma promessa".
Sem esse compromisso assumido; seja ele no namoro, no casamento, acreditem que até mesmo as pequenas dificuldades irão acabar os separando.
Não é o destino que faz de uma pessoa um verdadeiro amante; é a vida.
São os contratempos que eles tem de enfrentar juntos. É o cuidado com o outro quando esse necessita; são os milhares beijos de boa noite e sorrisos de bom dia; são as conversas no escuro; são os pedidos de desculpas; a atenção até mesmo às palavras mais insignificantes... é o crescente respeito de um pelo outro.

e gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor..."
Lúcia Tavanti
quinta-feira, 2 de junho de 2011
ESTÁGIO COMO FUNÇÃO PREDOMINANTE
Hoje em dia cursar uma faculdade está muito além de escolher a profissão a seguir. É o seu desenvolvimento e interesse durante esses quatro, cinco e até seis anos que farão de você um mediano ou excelente profissional, que terá ou não espaço no mercado de trabalho e se destacará pela qualidade.
E é neste período que percebemos a importância de ingressar na área para exercitar o que estamos aprendendo em sala de aula. A prática através de estágios durante o curso parece uma ótima opção, até mesmo para aqueles que precisam de remuneração.
Alguns benefícios para essa classe foram impostos recentemente. Segundo a Lei que entrou em vigor em 2008, a contratação do estagiário regulamenta algumas ações como: carga horária de no máximo seis horas diárias ou 30 horas semanais, período máximo de dois anos em uma mesma empresa – exceto em casos de deficientes físicos, direito a férias e 13º salário.
O estágio de fato é a ligação entre teoria e a prática, ajuda no desenvolvimento da profissão e expõe ao acadêmico uma realidade que será vivida após o término do curso superior.
Mesmo com essa aparente realidade, muitas empresas exigem do acadêmico a função que deveria ser exercida por uma pessoa diplomada. Este é um meio de cortar gastos, mas que oferece riscos tanto para a empresa que não conta com um profissional qualificado, quanto para o acadêmico que muitas vezes se sujeita a atividades que não pode realizar.
Aos acadêmicos fica a dica, buscar qualificação prática é importante para o crescimento profissional, mas para isso é necessário empenhar-se nas aulas teóricas, são elas a base de todo o conhecimento que será executado durante o estágio.
Francielle Calegaro
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Personalidade e Bom Gosto, sem dúvida é a marca de Amanda Capellani

"Busco sempre assuntos que estão em evidência. Tendências da estação, o que se está usando lá fora, o que foi apresentado nos desfiles e semanas de moda, novidades em produtos de beleza, enfim, falo de assuntos que eu gosto, e que acredito que as leitoras também irão gostar", ressalta Amanda.
Sua idéia de compartilhar deu tão certo que a acadêmica tem parcerias com lojas da cidade de Foz do Iguaçu assim como lojas virtuais de outros lugares do Brasil.
A visibilidade do seu blog estende-se além da fronteira, porém o maior acesso está concentrado no estado do Paraná.
Ao visitarmos o Cheia de Frescura,já de cara nos deparamos com o toque colorido e bem feminino da blogueira.Amanda fala com propriedade sobre o que escreve.Não se trata apenas de uma clipagem de outros sites ou blogs de moda. Ela se envolve literalmente no que se predispôs a fazer.Muitas vezes as leitoras podem conferir o look do dia trazendo como modelo a própria acadêmica.
E para quem pensa que estar elegante, bem vestida e na moda tem um preço alto, estãos enganadas.Tudo isso vem por terra, quando Amanda, numa de suas postagens,fotografa suas peças adquiridas numa loja de departamentos da cidade.
Só vem provar que não é a marca que você usa que a torna uma pessoa que tem estilo, interessante; mas sim, como você as usa. Isso sim, pode gerar um resultado muito interessante.
Lúcia Tavanti
quarta-feira, 25 de maio de 2011
FACULDADE UNE CASAL E FORMA FAMÍLIA

O relacionamento que começou no início do período acadêmico foi positivo para a formação com qualidade do casal que atualmente trabalha com advocacia pública e privada. Segundo eles "dividíamos as anotações das aulas, os livros e estudávamos juntos para as provas, sempre com intervalos para namorar é claro. No nosso caso o namoro facilitou os estudos e vice-versa" comenta Alexandre.
Casados há sete anos e com dois filhos: Cauê, 7 anos e Enzo, 5 anos, Alexandre e Kazumy tentam não exceder quando o assunto é levar trabalho para casa. Trocar ideias, buscar conselhos um do outro ao lidar com algumas questões do trabalho são pontos importantes apontados por eles, porém tudo comedida para não desgastar a relação.
"No início da nossa vida profissional trazíamos muito o trabalho para dentro de casa e às vezes gerava certo atrito com as questões pessoais. Atualmente conversamos pouco sobre trabalho em casa, procuramos resolver todas as questões no expediente para que a atenção esteja voltada para outras atividades importantes do nosso dia-a-dia. E a vida tem sido bem melhor assim" finaliza a advogada.
Alexandre e Kazumy com os filhos Cauê e Enzo
A exemplo de Alexandre e Kazumy, muitos casais se formam durante o período letivo da faculdade. Se comandada positivamente, essa união só tem a trazer benefícios para o relacionamento e a vida universitária. Porém é necessado lembrar que antes de serem namorados, são acadêmicos e empenhar-se na faculdade é fundamental para definir sua futura qualidade profissional.
Francielle Calegaro
ESPAÇO PÚBLICO x RESPONSABILIDADE


A assessoria do grupo Kid Abelha, onde a cantora é a vocalista, resolveu por bem, bloquear a conta. Dois jornalistas da Folha de S.Paulo foram demitidos após comentários na mesma rede a respeito da empresa em que trabalhavam.
Podem-se levantar vários sentidos para a denominação e interpretação do que seria o espaço público.
Cada pessoa privada é responsável pelas suas colocações nesse espaço. E nele se encaixa o virtual.
Para o professor universitário e mestre em jornalismo Alexandre Nonato, as mídias sociais são ambientes virtuais de relacionamentos muito recentes. “É natural que as pessoas cometam erros utilizando essas mídias, pois a maioria ainda não sabe a dimensão e a proporção que pode tomar um mero comentário, que para o emissor é aparentemente inofensivo. Já para o receptor pode ser uma grande ofensa.”
Certamente por isso sendo a responsabilidade dos cidadãos já grande quando se fala em internet, será maior ainda quando se tratam das celebridades e personalidades públicas.
Para Rafael de Oliveira, professor de Educação Física, a cantora “falou e ouviu o que não quis também,” sendo ela própria a maior prejudicada. “A internet está deixando de ser um território sem lei. Seria bom os usuários das mídias sociais pensarem bem nisso, antes de esconderem-se atrás de um suposto anonimato.”
No Twitter, por exemplo, as recomendações são para se pensar muito bem antes de falar. Dito uma palavra nesse espaço, àquele que “falou” é responsável por todos os sentidos possíveis que possam ser atribuídos à própria fala dentro do contexto em que ela foi dita.
Nonato diz que existem algumas premissas básicas, sobre essas redes. ”Não faça nenhum comentário em mídias sociais que você não faria publicamente e mesmo assim seja mais comedido, pois em ambientes virtuais sempre há mais ruídos de comunicação.”
Prossegue dizendo que nesse espaço virtual, a pessoa geralmente está mais relaxada, espontânea e autêntica e isso pode ser um risco, se não ponderar muito bem o que irá ser postado.
No fim das contas, o próprio público mostrou à Paula Toller que o Twitter não é “terra de ninguém”, impulsionando-a a apagar seus mal recebidos tweets.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
PRECISOU DE AJUDA, CHAMA O VERDINHO
O espaço acadêmico é composto por diversos personagens. Todos os dias alunos, professores e colaboradores compõem o mesmo cenário, entretanto, a rotina torna essas pessoas apenas mais um rosto na multidão. Os chamados “verdinhos” ajudam a compor esse cenário e estão sempre a postos para auxiliar os acadêmicos e professores, desde ligar/desligar ar condicionado, até preservar pela segurança dos alunos.
Conversamos com dois inspetores para conhecer um pouco sobre a vida que levam além dos portões da instituição. O primeiro entrevistado é Valtair Gonçalves de 29 anos, quatro deles trabalhando como inspetor na Faculdade, reservado e de poucas palavras não se deixou fotografar, mas contou um pouco sobre sua outra profissão: Professor de Defesa Pessoal “As mulheres normalmente procuravam minhas aulas para manter o corpo em forma, já os homens por esporte”.
Quando questionado sobre situação de risco envolvendo alunos na instituição ele é cauteloso “Não usamos nenhum tipo de arma letal para defender os alunos, tudo que posso fazer é usar meu conhecimento em defesa pessoal e chamar as autoridades competentes, todos estamos sujeitos aos perigos não só na faculdade, mas em todo lugar”.
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Cláudio Iaguzeski é inspetor e acadêmico de Engenharia Ambiental |
Ao contrário de Valtair nosso segundo entrevistado é bem humorado e falante, Cláudio Iaguzeski (ele teve de soletrar o sobrenome) 31 anos além de inspetor é também acadêmico do 9ª período de Engenharia Ambiental.
Solicito por opção, sempre gostou de ajudar as pessoas e o meio ambiente, garante que essa característica ajudou na escolha do seu curso “Eu trabalhava em construções, e percebi que tinham muitas coisas erradas que prejudicavam o meio ambiente e as pessoas. Assim sendo procurei um curso em que eu pudesse fazer um trabalho para mudar essa situação”.
Empolgado com seus projetos Cláudio sonha alto “quero resolver os problemas do mundo”. Em um momento mais sério ele faz uma reflexão sobre problemas atuais como a falta de saneamento básico e os impactos ambientais causados pelo uso de ar- condicionado (ironicamente ele é
responsável por ligar esses “vilões” nas dependências da faculdade).
O inspetor faz mistério sobre seu projeto com xaxins, insisto na pergunta, e ele revela uma pista “é uma maneira alternativa elaborada para reter água, ter durabilidade e principalmente ser sustentável”. O projeto ainda precisa de investimento, enquanto isso ele trabalha na finalização do seu trabalho de conclusão de curso “estou trabalhando em uma forma de descartar resíduos químicos sem prejudicar o meio ambiente”.
Mas não é só com o meio ambiente que Cláudio preocupa-se “eu gosto muito de ajudar as pessoas, se você tem um problema chama o Cláudio para resolver” finaliza com bom humor.
Poliana Corrêa
Poliana Corrêa
DIGNIDADE QUE VEM DO LIXO
Catadores de material reciclado quebram preconceitos e formalizam profissão
A jornada diária de 10 horas não parece desanimar a catadora de material reciclado, Nadir Mariano, 50 anos. Com três filhos e um neto para sustentar ela busca no lixo a renda familiar de R$ 600 por mês. O dinheiro conquistado com muito suor garante a dignidade da família que sem estudo, encontrou no reciclado o caminho para sobreviver de forma honesta.
Há 12 anos, o lixo era apenas uma alternativa de renda informal. As latinhas descartadas nas festas e recolhidas por ela, garantiam no final do dia o suficiente para não passar necessidades. “O dinheiro já dava para comprar leite e pão. Em seguida vi que conseguiria sustentar minha família recolhendo o que as pessoas jogam fora. Revirar o lixo não era fácil, mas quando pessoas dependem de você isto se torna uma opção” desabafa.
O preconceito ainda é um dos grandes empecilhos para o desenvolvimento da profissão que se tornou indispensável no país. Diariamente o Brasil produz 170 mil toneladas de lixo, média de 1 kg por pessoa o que equivale à alimentação de 300 mil famílias. O esforço de órgãos públicos para mudar a cultura e incentivar a população na separação das sobras, ainda é um desafio. “Existe uma grande dificuldade para retirarmos o lixo. A maioria não separa o que é orgânico do reciclado e muita coisa é perdida”. Apenas 57% do lixo em todo país tem destinação final apropriada.
A exemplo de Nadir, milhares de brasileiros em todo o país buscaram a reciclagem para evitar um caminho sem volta; o crime. Com toda a colaboração que a profissão exerce sobre o meio ambiente, a sua devida importância está aos poucos sendo notada nas latas de lixo.
É o caso da empresária Claudete Pauleski, proprietária de um Jornal em São Miguel do Iguaçu. Diariamente o veículo produz grande quantidade de papel reciclado, após serem utilizados e separados, eles são colocados em sacolas plásticas e depositados na lixeira para facilitar o trabalho dos catadores. “Pequenas ações como esta contribuem para o meio ambiente e o trabalhos dos catadores que vivem da venda deste material. A separação de lixo já virou questão de educação” ressalta a empresária.
Mesmo com todo o empenho e luta para cuidar do netos, Nadir sabe que a profissão ainda gera preconceitos. Quando questionada se já foi constrangida, ela é enfática. “Se sofri preconceito, não me importo. Tenho minha casa, meu trabalho, pago minhas contas e vivo como poucos, de cabeça erguida”.
Francielle Calegaro
sexta-feira, 20 de maio de 2011
O DIA EM QUE A PROFESSORA CALOU O BRASIL
Nesta semana um vídeo postado no site youtube deu o que falar em todo o país. A professora Amanda Gurgel silenciou os deputados em audiência pública no Rio Grande do Norte ao falar sobre a realidade da educação brasileira.
De forma representativa ela iniciou sua fala apresentando o extrato bancário com o saldo de R$ 930, correspondente ao salário base de um professor. Questionando os presentes sobre a possibilidade de alguém com ensino superior ou especialização sobreviver com essa remuneração, a professora fez o desabafo e comprovou com o silêncio de todos, o real caos na educação.
Amanda levantou questões dificilmente comentadas pelos governantes no Brasil. Falou sobre a associação de todos ao dizerem que a educação salvará o país, mesmo com a falta de merenda, salas lotadas e baixos salários aos professores. “Estamos aceitando a condição precária da educação como fatalidade. Estou me colocando dentro da sala de aula com giz e quadro para salvar o Brasil? Não tenho condições” questionou.
Assistindo ao vídeo e concordando com o desabafo da simples professora, não consegui fazer outra coisa a não ser voltar o filme da minha vida e relembrar meus tempos de escola pública. Lembrei-me das atividades do prézinho, o feijão plantado no algodão, os desenhos para colorir e o momento de carinho da professora com os alunos.
Aquela mulher que durante toda tarde assumia o lugar de minha mãe parecia tão perfeita, amorosa e tinha uma letra linda; difícil não admirá-la. Quando estava a frente da sala de aula transbordava de felicidade ao educar, e de fato amava o que fazia. Mesmo com o baixo salário, era possível observar um lindo sorriso em seu rosto ao ver seus alunos escrevendo as primeiras letras, - ensinadas por ela.
Com o tempo essa admiração foi aumentando. Mudavam-se as professoras, mas a qualidade continuava. Lembro-me de alguns nomes: tia Andréia, tia Nadia, tia Luciene e tantas outras que me fizeram por anos desejar ser no futuro, uma grande professora.
Porém quando iniciei na escola estadual tudo ficou diferente. A realidade que via era professores desanimados, salas lotadas, didática ultrapassada, calor excessivo pela falta de ar condicionado e contínuo salário baixo. Mesmo com tantos problemas, eles estavam lá, todos os dias, ano após ano, repassando todo o conteúdo aprendido em graduações, pós-graduações, cursos, livros e na nova e surpreendente internet.
Mesmo com tantas barreiras, penso que foram meus professores os provedores da realidade que vivo hoje. O estímulo de aprender o que explicavam em sala de aula, poder questionar suas explicações e saber se expressar em um texto são momentos que jamais poderão ser representados em um lerite de R$ 930.
Incrível? Pois é, essa é a realidade em que vivemos. Eu não poderia encerrar essa matéria sem mais um depoimento de uma integrante dessa classe que assim como Amanda, segue a vida de heroína sem armas de combate para salvar o Brasil.
“O professor em geral está estudando e se dedicando cada vez mais. Assumindo papel de pai, mãe, psicólogo, encaminha pra consulta com dentista, oftalmologista, médico, enfim, está desenvolvendo inúmeras responsabilidades e por outro lado sendo valorizado cada vez menos”.
Marilda Cassol é professora na rede municipal há 16 anos, foi duas vezes diretora e hoje trabalha com crianças em classe especial na Escola Municipal Grizelde Romig Fischborn em Medianeira.
Marilda Cassol é professora na rede municipal há 16 anos, foi duas vezes diretora e hoje trabalha com crianças em classe especial na Escola Municipal Grizelde Romig Fischborn em Medianeira.
"Hoje os bons profissionais já estão procurando outra profissão e abandonando as salas de aula"
Francielle Calegaro
NOS BASTIDORES DE UM PROGRAMA AO VIVO
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Retoque na maquiagem antes de estar frente as câmeras |
Um minuto pra começar Lúcia !
"Respire fundo, encha o pulmão de ar!"orienta o jornalista e professor Luciano Villela.
Coração descompassado, boca seca. Penso, "agora é comigo". Um tropeço nas palavras, uma falha no TP e posso pôr a perder um trabalho que havia começado semanas atrás.
Passo 1 - Escolha da Pauta
Madrugada de sábado, passo por uma avenida e percebo um muro branco pintado recentemente e que levava as seguintes palavras em vermelho: - Aguardem, Circo em Breve estreia na cidade.
Pronto. Eis a pauta. De repente a lembrança de uma infância feliz com cheirinho de pipoca e algodão doce.
Ideia aceita pelos colegas.
Passo 2 - Elaboração do Roteiro
Ah! Fácil discorrer sobre o assunto.
Misturo às palavras, poesia e magia.
Passo 3 - Ir à campo fazer a filmagem
Eu, Djalma e Eduardo(companheiro e grande incentivador), passamos uma tarde de domingo nos bastidores com os personagens do espetáculo.
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Com as jovens artistas circenses Queríamos saber como era a rotina diária enquanto não estavam no palco de suas vidas. |
Em meio a motociclistas do globo da morte, as lindas irmãs na arte com bambolês, trapézio e malabares, me emociono com Manoel Jesus Artoga.
Ele vive um drama na vida pessoal: está com uma lesão no olho esquerdo e com uma perda parcial da mesma.
O motivo? Quedas diárias do seu trabalho podem ser a causa.

Sim senhoras e senhores, o personagem que me emocionou nada mais é do que o palhaço Pepito.
"Meu sorriso é da plateia; o choro é meu"finaliza.
Grata por essa lição de vida Pepito!
Passo 4 - Edição - As cenas captadas pelo Djalma e Eduardo, casaram muito bem com a edição realizada pelo Mustafá(Foz Tv).
Nosso programa ao vivo, tendo eu como apresentadora, traria como último bloco, uma entrevista com artistas locais da cidade. Francielle faria a entrevista.
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Professor Luciano Villela coordenando, nada pode sair errado |
Passo 5 - Dia da Gavação
Chegado o dia "D". O entrevistado não poderá vir. Alto índice de stress e decepção no ar.
Poliana se agita, recorre às redes sociais e seus contatos, que depois desssa experiência se multiplicaram. Francielle se diz exausta de ouvir "agrademos o convite, mas NÃO! Penso até em mudar a atração final, porém ficaria no mínimo estranho.
Não desistimos. Aos 45 minutos do segundo tempo, a garota dos bambolês entrevistada por nós no circo, sairá às pressas do espetáculo para finalizarmos então nosso programa.
Pronto! "Coração descompassado, boca seca", me preparo para ir ao ar.
Pergunto se a Poliana está na função do TP.Confio muito nela. Resposta afirmativa.
"Está no ar o Revista Acadêmica". Primeiro bloco concluído, chamo os comerciais.
Já me sinto mais tranquila. Ops, Djalma e Francielle chegam com a artista. Agora sim! Tudo transcorre muitíssimo bem para um primeiro "AO VIVO". Tudo se encaixa. Tudo dá certo. Satisfação visível nos olhos de todos que se envolveram desde a produção até a realização do mesmo.
Minha última fala. "Chegamos ao fim do Revista Acadêmica, com a certeza de que nos encontraremos em breve...afinal de contas...O Espetáculo tem que continuar !
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Equipe quase completa ao final do programa . Sensação de alivio e dever cumprido. |
Lúcia Tavanti
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